Presidente tem pressa para aprovar o programa, já que só começou a pagar R$ 200 dos R$ 400 prometidos. Senadores não querem “carimbar” votação de projeto com caráter eleitoreiro
Sem a garantia de que a PEC dos Precatórios será aprovada no Senado, e com medo de não ter seu programa eleitoreiro, o Auxílio Brasil, viabilizado, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) barganha com os parlamentares.
Segundo informações da colunista do G1 Andréia Sadi, o governo deu aval a senadores aliados para negociarem um texto que prevê transformar o Auxílio Brasil em um programa permanente. Atualmente, o benefício tem prazo de validade até dezembro de 2022.
Senadores avisaram ao governo nas últimas semanas que não querem “carimbar” a votação de um projeto com caráter eleitoreiro. Em conversas com ministros, eles condicionaram o apoio à PEC dos Precatórios – que abre espaço fiscal para pagar o auxílio até o fim do ano que vem – à essa mudança de tornar permanente o programa social.
Porém, para evitar atrasos na tramitação da PEC, a ideia é discutir a questão em outra Proposta de Emenda à Constituição, o que mantém a insegurança financeira de milhares de pessoas que dependem do benefício.
O governo quer que a alteração seja feita de forma paralela, e conjuntamente com a fonte de recursos que vai financiar o programa permanente. Questionados pelo blog, parlamentares não sabem afirmar de onde, exatamente, sairá a fonte de recursos para financiar o programa Auxílio Brasil de forma permanente.
Uma das ideias é avançar com a reforma do Imposto de Renda que, segundo parlamentares, pode gerar fonte de recursos. Bolsonaro, no entanto, tem pressa. Até agora, o governo só começou a pagar R$ 200, bem abaixo dos R$ 400 que foram prometidos.
Fonte: Revista F´órum