1º DE MAIO: DIA DE LUTA DA CLASSE TRABALHADORA!

Numa tragédia sem precedentes, o país está chegando à triste marca de 400 mil mortos e aproximadamente 15 milhões de brasileiros e brasileiras infectados pela Covid-19. O negacionismo é latente neste governo genocida, que sabotou todas as medidas sanitárias e de isolamento social para proteger as vidas dos brasileiros. Para aumentar o caos instalado, em menos de um ano o Ministério da Saúde teve a sua frente quatro ministros que assumiram o cargo, mas os problemas da pandemia aumentam assombrosamente.

Além disso, a necropolítica deste governo se acentua, ao fazer propaganda de medicamentos sem nenhuma comprovação científica; promover campanha contra o LOCKDOWN; potencializar a contaminação pelo vírus, fazendo aumentar o total de mortes. E hoje, muitos governadores, centenas de prefeitos e parlamentares que apoiavam e apoiam este desgoverno, diante da explosão de casos, começam fazer a autocrítica porque mantiveram todos os setores da economia funcionando, recusando-se seguir as orientações dos infectologistas, médicos e cientistas que pregavam a necessidade de se fechar tudo para evitar a disseminação do contágio e mortes.

Terra arrasada

A incompetência é tamanha que, após ter quatro ministros mais de um ano após o início da pandemia e a descoberta do primeiro caso no Brasil, não existe nenhum programa de imunização nacional nem mesmo vacinas disponíveis no mercado para salvar a vida de milhares de brasileiros.

O presidente genocida, quando teve a oportunidade, recusou-se a fechar contratos de compra de vacinas e insumos de diversos laboratórios de comprovada eficácia. Somente em dois destes foram ofertados 500 milhões de doses, mas Bolsonaro disse em alto e bom som que a pandemia já ‘estava no finalzinho’.

Quase 300 mil mortos após, o governo tem a desfaçatez de culpar os laboratórios sobre a escassez das vacinas, que estão cada vez menos disponíveis. O resultado da crise demonstra que os brasileiros estão abandonados à própria sorte, pois o “General da Banda” comprovou ser um indivíduo incompetente, até agora o pior Ministro da Saúde da história deste país. O Brasil e os brasileiros são hoje objeto de chacota mundial e o presidente, um pária internacional.

Celebração à luta

Eis que chegamos a mais um 1º de Maio – Dia do Trabalhador. A data foi instituída há 135 anos, em 1886, quando os trabalhadores estadunidenses fizeram paralisação para reivindicar melhores condições de trabalho. A greve foi duramente reprimida, com prisões, centenas de pessoas feridas e também houve mortos, no confronto com a polícia. Em 1889, operários que estavam reunidos em Paris, França, decidiram que a data se tornaria uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito greve três anos antes.

E o que há para comemorar? Estamos a relembrar mais de um século de luta da classe trabalhadora, e da importância de reorganizar os trabalhadores e trabalhadoras para lutar sem tréguas contra os ataques do sistema capitalista que leva os trabalhadores à miséria, enquanto o número e o patrimônio de bilionários no mundo só aumentam.

A contrarreforma Administrativa, proposta na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, vem para destruir o aparelho de Estado, para permitir privatização dos serviços de Saúde, Educação, Seguridade e Assistência Social. Se aprovada, será o fim das conquistas sociais da Constituição Federal de 1988 e o fim do Regime Jurídico Único (RJU).

Um serviço público profissionalizado que atenda igualmente os cidadãos, prestando serviços qualidade, não atende aos interesses dos capitalistas, que preferem um modelo com profissionais temporários que podem ser substituídos por indicações políticas sem qualquer compromisso em bem atender ao povo brasileiro.

Precisamos de você!

Os(as) trabalhadores(as) brasileiros(as) estão sob intensos ataques e lutam pela sobrevivência! De um lado um governo genocida, e de outro, um vírus mortal. Todos lutamos por um país mais justo, que assegure emprego digno, saúde, pão e educação. Este é nosso grito de guerra!

Estamos consternados diante das centenas de milhares de trabalhadores(as) que foram vítimas desta política genocida. E, em memória a estes(as) que perderam suas vidas, vamos intensificar a luta de classe, lutar sem parar até a destruição do sistema capitalista. A classe trabalhadora precisa dar um basta a este genocídio!

É preciso mobilização e luta para derrotar essas práticas fascistas que nos levaram a um caos sem precedentes. Não existe salvação individual a nenhum setor da classe trabalhadora, todos os direitos historicamente conquistados estão sendo retirados.

Para combater o genocídio provocado pelo governo e a Covid-19, para derrotar a PEC 32, para exigir Auxílio Emergencial de, no mínimo, R$ 600 para minimizar a fome de 125 milhões de brasileiros e para impedir o desmonte do Serviço Público derrotando a PEC 32, as entidades sindicais estão construindo um 1º de Maio como Dia de Luta da Classe Trabalhadora. Procure participar dos atos virtuais e das carreatas em suas cidades. A luta de todos é necessária!

FONTE: FENASPS
FOTO: REPRODUÇÃO