Ministério da Economia disse em 2020 que encomenda da vacina era “altamente incerta”

Em documentos enviados à CPI, a pasta comandada por Paulo Guedes diz, no entanto, que “não cabe ao Ministério da Economia decidir sobre a compra de vacinas, matéria afeta ao Ministério da Saúde”

Em documento enviado à CPI do Genocídio no Senado, o Ministério da Economia, de Paulo Guedes, afirma ao Ministério da Casa Civil que a encomenda de vacinas é “altamente incerta”. A informação foi enviada no dia 19 de junho, dias depois de uma equipe da pasta participarem de uma reunião com representantes da AstraZeneca.

“Até o momento, não foi descoberta a vacina para o coronavírus. Isso faz com que a encomenda de uma vacina seja altamente incerta, tanto em termos de prazos quanto de especificações da solução. Pois simplesmente não se sabe, com um nível mínimo de certeza, se é possível desenvolvê-la e muito menos os exatos custos para tanto”, afirma o texto feito pela equipe econômica, liderada no encontro por Carlos Alexandre da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, segundo a Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (17).

Nos documentos enviados à CPI, o Ministério da Economia confirma reniões com a AstraZeneca, em 16 de junho, e com a Pfizer, em 7 agosto, mas ressalta que a responsabilidade para compra das vacinas sempre foi do Ministério da Saúde.

“Não cabe ao Ministério da Economia decidir sobre a compra de vacinas, matéria afeta ao Ministério da Saúde”, disse Costa no texto enviado à CPI na semana passada.

Fonte: Revista Fórum
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