Para garantir acesso à alimentação adequada, serão inseridos na cesta mais alimentos in natura ou minimamente processados
A cesta básica brasileira passa a ter uma composição diferenciada, com foco na adoção de padrões mais saudáveis alinhados a recomendações dos Guias Alimentares Brasileiros.
Decreto assinado pelo governo federal nesta terça-feira (05/03) aborda a nova composição da cesta de forma a garantir o direito humano à alimentação adequada, no âmbito da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e da Política Nacional de Abastecimento Alimentar.
Com a medida, serão inseridos na cesta mais alimentos in natura ou minimamente processados uma vez que estudos científicos apontam a ingestão de alimentos ultraprocessados como responsáveis pela prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer.
A cesta básica será composta por alimentos de dez grupos diferentes: feijões (leguminosas); cereais; raízes e tubérculos; legumes e verduras; frutas; castanhas e nozes (oleaginosas); carnes e ovos; leites e queijos; açúcares, sal, óleo e gorduras; café, chá, mate e especiarias.
A mudança também tem como objetivo criar sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis e promover a proteção de uma alimentação adequada e saudável, da saúde, do meio ambiente, e a geração de renda para pequenos produtores rurais.
Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, o formato usado para compor a cesta básica é o mesmo desde 1938 e nunca sofreu mudanças deste então, mesmo com as mudanças ocorridas na alimentação ao longo dos anos.
“Precisamos ter um marco legal para orientar as políticas públicas que se relacionam com a produção. Não vamos revogar o decreto de 1938, mas vamos aperfeiçoá-lo. Vamos estabelecer diretrizes para uma nova cesta básica”, disse, citando que o objetivo é que a cesta básica seja formada majoritariamente por alimentos in natura ou minimamente processados.
“Nós estamos contribuindo para que o Brasil não apenas saia do mapa da fome, encarando a desnutrição, mas também reduza o problema real causado pela obesidade”, disse.
Fonte: Jornal GGN