Índice registrou aumento de 0,5% em relação aos último três meses de 2023; rendimento médio do trabalhador cresceu
A taxa de desemprego no país atingiu 7,9% no primeiro trimestre de 2024, o menor patamar para o período desde 2014, quando o índice estava em 7,2%. Em relação aos últimos três meses de 2023, houve um aumento de 0,5%.
Os dados, que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a elevação em comparação ao trimestre anterior está ligada a um movimento sazonal do mercado de trabalho no início do ano.
De acordo com Adriana Beringuy, Coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, do primeiro trimestre de 2023 para o primeiro trimestre de 2024, o desemprego manteve uma tendência de queda. Há um ano, no primeiro trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%.
“Na comparação de curto prazo, há influência dos padrões sazonais. Mas a trajetória de queda anual, que já vem sendo observada em outros trimestres, se manteve”, disse.
Gráfico mostra evolução da taxa de desemprego no mercado de trabalho nacional / Reprodução/IBGE
No primeiro trimestre de 2024, o rendimento médio habitual no país foi estimado em R$ 3.123, crescendo tanto em relação ao 4º trimestre de 2023 (R$ 3.077) quanto relação ao 1º tri de 2023 (R$ 3.004).
A massa de rendimento médio mensal real de todos os trabalhos habitualmente recebido foi de R$ 308,3 bilhões, estável ante o trimestre anterior (R$ 306,2 bilhões) e maior do que no 1º trimestre de 2023 (R$ 289,1 bilhões). Todas as grandes regiões tiveram aumento da massa de rendimento em ambas as comparações.
No primeiro trimestre de 2024, todas as faixas de tempo de procura por trabalho mostraram reduções. Entre as pessoas que procuravam trabalho por dois anos ou mais, o contingente caiu 14,5% frente ao último trimestre de 2023, indo de 2,2 milhões para 1,9 milhões.
A pesquisa ainda aponta que as taxas de desocupação seguem maiores para mulheres, pessoas pretas e pardas e aquelas com o ensino médio incompleto. Todos esses grupos ficaram acima da média nacional (7,9%). No primeiro trimestre, essa taxa foi estimada em 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres.
Quando analisada a taxa de desocupação por cor ou raça, a dos que se declararam brancos (6,2%) aparece abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (9,7%) e a dos pardos (9,1%) ficaram acima.
Já na análise por nível de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto era de 13,9%. Para os que tinham superior incompleto, a taxa foi de 8,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).
Edição: Geisa Marques