A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou, no último dia 14 de agosto e pela segunda vez em um período de dois anos, a mpox como emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da organização.
Dessa vez, a preocupação é com a rápida propagação de uma nova variante da mpox que vem se espalhando pelo continente africano, em especial na República Democrática do Congo. A variante é conhecida como Clado 1b, diferente da que causou surtos em vários países em 2022.
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O continente africano já confirmou, apenas neste ano, mais de 17 mil casos e 517 mortes por mpox, um aumento de 160% nos casos em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África.
A princípio, fora do região africana, até o momento “o surto continua com um baixo nível de transmissão”, de acordo com o comunicado da OMS.
Um evento é declarado emergência de saúde pública internacional quando constitui um risco de saúde pública para outros países, além da fronteira nacional do país afetado. Ocorre sempre que surge uma situação grave, inesperada e que exija ação internacional imediata.
Isso não significa, contudo, que haja risco de uma pandemia agora, porém serve para que os países organizem uma resposta internacional coordenada que ajude a interromper os surtos e desbloquear financiamento para a colaboração no compartilhamento de vacinas, tratamentos e testes para o diagnóstico.
No momento, a OMS está tomando atitudes para evitar que a situação se agrave. No Brasil, a avaliação do Ministério da Saúde é de que o risco para o país é baixo.
Causada por um Orthopoxvirus, a mpox foi detectada pela primeira vez em humanos em 1970, na República Democrática do Congo. A doença é considerada endêmica (restrita a determinada região geográfica) em países da África central e ocidental.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a mpox é transmitida pelo contato com as erupções e lesões na pele e fluidos corporais de uma pessoa infectada. A infecção pode ocorrer, também, pelo contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama ou objetos como utensílios e pratos que foram utilizados por uma pessoa com o vírus.
A transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas. Desse modo, trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos de pessoas com o vírus têm maior risco de infecção.
O vírus provoca sintomas como febre, erupções na pele preenchidas com líquido claro ou amarelado que costumam surgir de um a tês dias depois do início da febre e dores no corpo e na cabeça, bem como cansaço, gânglios aumentados, entre outros.
As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, porém podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.
A doença geralmente causa um quadro leve, que dura de duas a quatro semanas, contudo pode ser fatal em casos raros.
Os sintomas variam de intensidade, e as erupções na pele são um dos sinais mais característicos da mpox. Caso haja suspeita da doença, é preciso procurar atendimento médico imediatamente.
Não há tratamento específico para a doença, apenas sintomático.
A principal forma de proteção contra a mpox, portanto, é a prevenção. Assim, o Ministério da Saúde recomenda:
Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, bem como não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente e talheres até o término do período de transmissão (do início dos sintomas até a cicatrização das erupções).
A estratégia de vacinação prioriza, sobretudo, a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença – entretanto, várias pessoas vêm reclamado da indisponibilidade de vacinas em todo o país.
Assim, devem tomar a vacina pré-exposição:
Precisam tomar a vacina pós-exposição:
Com informações de Paula Padilha e do Ministério da Saúde
Fonte: Portal Drauzio Varella