Boa parte do país foi tomada pelas fumaça decorrente das queimadas. Veja como proteger a saúde na coluna de Mariana Varella.
Agosto está sendo considerado o mês com mais queimadas no ano em pelo menos 16 estados, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Boa parte do país, principalmente os estados do Amazonas e do Centro-Oeste, foi tomada pela fumaça decorrente de incêndios.
Entre janeiro e agosto, o Brasil foi responsável por quase metade dos focos de queimadas registrados na América do Sul, ainda segundo o Inpe. Até o momento, foram identificados 115.944 focos de incêndio no país.
Na Amazônia, somente entre os dias 27 e 28 de agosto houve 2.433 ocorrências de incêndio, um número extremamente alto em apenas 24 horas.
Na semana passada, o estado de São Paulo sofreu uma série de incêndios em plantações que deixaram 46 municípios em alerta. O número de incêndios detectado entre 1 a 28 de agosto deste ano no estado (3.530) foi mais de dez vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023 (346).
Por fim, a previsão é que o Sul do Brasil também seja atingido pela fumaça de queimadas nos próximos dias.
Assim, o Ministério da Saúde lançou orientações para a população proteger-se dos efeitos da fumaça no organismo. São elas:
Além disso, pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros devem:
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também lançou recomendações para as crianças:
Neideana Ribeiro, especialista de Emergência, Saúde e Nutrição do Unicef, fez um alerta especial para mães, pais e cuidadores de crianças com problemas respiratórios: “A gente tem também que pensar nas crianças que têm dificuldade respiratórias, como asma, então sempre ficar atento se tem medicamento em casa, para não sair quando a gente estiver com a qualidade do ar muito insalubre”.
Em caso de sintomas como tosse, rouquidão, cansaço, fraqueza e dificuldade para respirar, é preciso buscar ajuda junto a profissionais de saúde.
Para Luciana Phebo, coordenadora nacional de Saúde do Unicef, “este é um período que exige muita atenção por parte dos pais, cuidadores e professores. As escolas devem evitar atividades ao ar livre e sempre devem manter um recipiente com água na sala de aula. Além disso, é preciso deixar disponível ou oferecer com frequência, água para que a criança e evitar sucos açucarados. Dar muita fruta e garantir refeições mais leves”.
FONTE: PORTAL DRAUZIO VARELLA