Dados devem mostrar inflação oficial acima de 4% em 12 meses. Alguns produtos aumentam muito mais
O IBGE divulga na manhã desta terça-feira (8) os resultados do IPCA e do INPC de novembro. Os dados da inflação passaram a chamar a atenção nos últimos meses, com trajetória contínua de alta. O IPCA de outubro (0,86%), por exemplo, foi o maior para o mês desde 2002. A divulgação de amanhã deve apontar índice acima de 4% em 12 meses.
Mesmo a costumeira divulgação das projeções do “mercado” apontam alta da inflação oficial do país. Segundo a edição de hoje (7) do boletim Focus, do Banco Central, a expectativa para o IPCA deste ano subiu de 3,54% para 4,21%. Assim, pela primeira vez , ficou acima da centro da meta (4%). Pela regra atual, o índice pode oscilar de 2,5% a 5,5%.
A taxa geral soma 2,22% no ano, até outubro, e 3,92% em 12 meses. Mas muitos itens básicos superam de longe esses índices. Em especial os produtos alimentícios. Apenas o item “alimentação no domicílio” subiu 11,97% no ano.
O arroz e feijão de cada dia também ficou bem mais caro. No primeiro caso, a alta em 2020 já chega a 59,48%. O feijão sobe mais de 30%, dependendo do tipo. Incluir uma salada na mesa fica 17,65% mais cara com a alface e 49,01% com o tomate. Um tempero popular como o coentro subiu 24,62%.
Levar tudo ao fogo também aumentou (e tem levado muita gente a recorrer ao carvão). O gás de botijão subiu 5,66%, em média. Mas chega perto de 9% em algumas regiões metropolitanas, como Recife e São Paulo.
Vários produtos têm fortes altas nos supermercados, segundo levantamento da própria Apas, a associação paulista do setor. Só o arroz subiu 16,98% em setembro, por exemplo. O Dieese também aponta aumento nos preços da cesta básica.
FONTE: REDE BRASIL ATUAL
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