Estimativas apontam retração de 0,15 a 0,2 ponto do PIB para cada 1% de queda do consumo por conta de racionamento
Um eventual racionamento para economizar energia pode comprometer o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro já em 2022, segundo projeções de economistas.
Tal medida compromete todo o ciclo econômico: as medidas que o governo Bolsonaro já estabeleceu para reduzir o consumo têm elevado os custos das empresas. Esse aumento tem efeito direto na inflação e, por conseguinte, pode fazer com que o Banco Central aumente a taxa básica de juros – e toda essa combinação pode influenciar o ritmo de retomada do emprego.
Em reportagem do portal UOL, a equipe de economia da Genial Investimentos estima que a chance de racionamento energético é de 30%. Caso isso ocorra de fato, o PIB brasileiro pode fechar 2022 em percentual negativo.
As projeções da consultoria indicam um PIB de 1,9% para 2022, mas o PIB deve contrair entre 0,15 a 0,2 ponto percentual para cada 1% da redução de consumo de energia devido a um racionamento. “Ou seja, projetando um cenário de racionamento em 10%, por 12 meses, avaliamos que o desempenho do PIB de 2022 se encontraria entre 0,4% e -0,1%”, diz a consultoria.
O país viveu algo semelhante em 2001: o PIB nacional fechou o ano com avanço de 1,4%, embora a economia tenha se retraído em 0,2% durante o período de racionamento adotado entre julho de 2001 e fevereiro de 2002.
Fonte: Jornal GGN