Para o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é preciso compatibilizar assistência à população com responsabilidade fiscal
A reedição do auxílio emergencial não é necessariamente a única forma de ajuda financeira à população vulnerável nesse período da pandemia, com aumento no contágio do vírus e no número de mortos, segundo o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). “Pode ser um programa de renda básica análogo ou um incremento no Bolsa Família, que possa compatibilizar a responsabilidade fiscal com a necessidade de atender a população mais vulnerável”, defendeu, em entrevista ao canal CNN.
“Nós temos uma esperança para a solução de saúde pública e econômica, que é a possibilidade de disseminar essa vacina, de alargar seu alcance. Nesse interim, enquanto não se tem a imunização do povo brasileiro, vamos precisar encontrar um caminho de assistência”, disse o senador.
Para o novo presidente do Senado, eleito com apoio de Jair Bolsonaro, a responsabilidade fiscal será uma tônica no Congresso Nacional. “Não se pode gastar o que não se tem. Portanto o teto de gastos e a responsabilidade fiscal deve fazer parte da nossa pauta no Senado, em alinhamento com o governo federal.”
Entretanto, Pacheco reconheceu a excepcionalidade imposta pela pandemia que já matou mais de 225 mil pessoas no Brasil. No ano passado, 70 milhões de pessoas receberam o auxilio emergencial. “Foram gastos mais de R$ 300 bilhões, quase nove vezes o orçamento do Bolsa Família para um ano. Aquilo foi indispensável naquele momento. Mas continua a necessidade de atender essas populações vulneráveis.”
Pacheco afirmou que vai pedir uma reunião com a área econômica do governo ainda esta semana para discutir fontes de recursos e alternativas que permitam essa compatibilização que ele chama de “conciliação matemática”.
FONTE: REDE BRASIL ATUAL
FOTO: Marcello Casal Jr/EBC