Estado de São Paulo foi o primeiro a informar sobre problema, ao perceber que total de mortes oficiais caiu de 1.021 para 281 em um único dia
O governo de Jair Bolsonaro encontrou uma forma de adulterar o total de registros oficiais de mortos por covid-19 para menos: agora, o Ministério da Saúde só considera uma morte oficial quando são computadas informações como CPF, número do cartão nacional do SUS (CNS) e a nacionalidade.
A revelação é da jornalista Monica Bergamo que, em sua coluna no jornal Folha de São Paulo, afirma que o governo de São Paulo foi o primeiro a registrar o problema, mas que isso ocorre em todo o país. Na terça-feira, 1.021 pessoas perderam a vida em São Paulo por conta da covid-19, mas o registro despencou para 281 mortos nas últimas 24 horas.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo enviou ofício nesta quarta (24) ao ministério sobre a mudança nos critérios de registro de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave no sistema Sivep Gripe (Sistema de Informação de Vigilância da Gripe).
Segundo o comunicado enviado pela pasta, eles não foram previamente informados sobre as mudanças, que esse erro “impacta diretamente no monitoramento e encerramento dos casos e óbitos confirmados para Covid-19, divulgados diariamente por esta SES/SP”.
O erro foi confirmado por um técnico do Ministério da Saúde, que disse haver um problema de instabilidade já apresentado ao Datasus (responsável pelo sistema de informações do Ministério da Saúde), que estaria retirando a obrigatoriedade de inserção dos dados por conta dessa falta de estabilidade.
FONTE:GGN
FOTO:REPRODUÇÃO