Pessoas, movimentos sociais, organizações da sociedade civil e governos de todo o mundo podem enviar propostas até 9/9. A Plataforma dará as bases para a Cúpula do G20 social, que será realizada em novembro
O G20 Brasil está ampliando as bases para a participação social para que mais vozes sejam ouvidas e consideradas na busca de soluções para os desafios globais. A partir desta terça-feira, 20/8, pessoas, organizações da sociedade civil, instituições internacionais e governos de todo o mundo podem enviar sugestões para os debates dos líderes do fórum por meio da plataforma G20 Social Participativo.
O site bilíngue (inglês e português) receberá documentos com propostas de temas prioritários até 9/9, realizando uma das iniciativas inéditas no fórum de criar mecanismo para que as pessoas levem aos líderes mundiais questões sobre suas realidades. Além disso, pessoas e organizações poderão inscrever eventos e atividades autogestionadas relacionadas às prioridades do fórum, marcando o início do processo de articulação para a Cúpula do G20 Social, que acontecerá de 14 a 16 de novembro, no Rio de Janeiro.
“Por meio da plataforma, qualquer cidadão no Brasil, no mundo, poderá não apenas interagir com os documentos que serão entregues pela sociedade civil aos líderes como fazer upload de novas contribuições e recomendações sobre as três prioridades da presença brasileira”, salientou Gustavo Westmann, coordenador do G20 Social pela Secretaria-Geral da Presidência República do Brasil.
A partir do início do mandato brasileiro, a ampliação da participação social nos debates das maiores economias do mundo tem se mostrado um sucesso. Westmann lembra que, em julho, representantes dos grupos de engajamento, que fazem parte do do fórum desde 2010, participaram de sessões inéditas com os Sherpas, ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais dos países-membros, reafirmando as urgências na perspectiva da sociedade civil.
“Tivemos vitórias. Conseguimos grande ampliação na base de participação social, principalmente nesse primeiro momento, mais associada à incidência com os grupos de engajamento. Asseguramos que realmente essas vozes fossem ouvidas e levadas para dentro das salas de negociações”, celebrou o diplomata.
A ação reconhece a importância de tecnologias sociais para promover políticas econômicas que enfrentam as desigualdades, a fome, a pobreza por uma transição ecológica justa e o desenvolvimento sustentável. Westmann explica que o lançamento do G20 Social Participativo é a chance do fórum receber mais contribuições, principalmente dos movimentos sociais globais.
“Iniciamos uma nova fase no G20, direcionando nossos esforços para os movimentos sociais no Brasil e no mundo, buscando então trazer essas outras vozes para discussão. E a ideia é que a gente possa somar isso ao acúmulo que a gente já teve até agora e consolidar tudo isso durante a Cúpula Social”, explicou Gustavo.
Dias antes da Cúpula de Líderes do G20, a presidência brasileira realizará, de 14 a 16 de de novembro, um encontro de organizações da sociedade civil e movimentos sociais para discutir temas como desigualdade, inclusão social, combate à fome e à pobreza, além de desenvolvimento sustentável, promovendo diálogo mais abrangente e inclusivo que pode resultar em compromissos concretos para enfrentar os desafios globais.
O evento contará com reuniões temáticas, seguidas de uma plenária para aprovação do comunicado que deve ser apresentado aos presidentes dos países-membros do fórum e, também, entregue à África do Sul, que assumirá a presidência do grupo em dezembro deste ano. Durante os três dias, também haverá atividades autogestionadas, que podem ser provocadas por movimentos sociais, instituições nacionais e internacionais públicas e privadas, bem como eventos, feiras, shows e outras atividades culturais.
Acesse aqui o G20 Social Participativo.
FONTE: CUT CE