Senado rejeita inclusão de armas no Imposto do Pecado; veja como votou cada senador

Mesmo com 33 votos a favor e 32 contrários, emenda foi rejeitada por não alcançar a maioria absoluta da Casa

O plenário do Senado manteve as armas e munições fora do Imposto Seletivo (IS), também chamado de “Imposto do Pecado”, ratificando a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e a disposição do texto vindo da Câmara dos Deputados.

Em seu parecer do projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária, o relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM) havia incluído a taxação extra. “Essa é uma convicção pessoal minha”, ressaltou o senador na segunda-feira (9), ao apresentar o relatório na CCJ. “Eu não colocaria a minha cabeça no travesseiro com tranquilidade se eu não manifestasse claramente a minha posição”, disse ainda.

Na votação em segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que instituiu o novo sistema, realizada na Câmara dos Deputados em 2023, armas e as munições foram retiradas do Imposto Seletivo. No ano seguinte, na votação do mesmo projeto de regulamentação que tramita agora no Senado, elas também ficaram de fora.

O destaque foi apresentado em plenário pelo líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), e previa a reinclusão no tributo previsto para ser cobrado sobre bens e serviços que causam danos à saúde ou ao meio ambiente.

Mesmo contando com a maioria dos votos favoráveis, 33 a 32, com uma abstenção, o destaque não alcançou os 41 votos necessários, a maioria absoluta do parlamento, para ser aprovado.

Aprovação do texto-base
Mais cedo, os senadores aprovaram o texto-base do primeiro projeto que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo, com 49 votos a favor e 19 contrários.

O projeto de lei complementar (PLP) 68/2024 acolheu mais de 600 emendas ao texto da Câmara. Outras dez novas emendas foram apresentadas em plenário.

A proposta volta para a Câmara, para análise final dos deputados.

Confira como votaram os senadores em relação à inclusão de armas e munições no Imposto Seletivo:

Votaram contra a inclusão de armas e munições no Imposto Seletivo
Alan Rick (União Brasil-AC)

Alessandro Vieira (PSDB-SE)

Angelo Coronel (PSD-BA)

Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)

Carlos Portinho (PL-RJ)

Carlos Viana (Podemos-MG)

Ciro Nogueira (Progressistas-PI)

Cleitinho (Republicanos-MG)

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)

Dr. Hiran (Progressistas-RR)

Eduardo Gomes (PL-TO)

Efraim Filho (União Brasil-PB)

Esperidião Amin (PP-SC)

Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

Izalci Lucas (PSDB-DF)

Jaime Bagattoli (PL-RO)

Jayme Campos (União Brasil-MT)

Jorge Seif (PL-SC)

Lucas Barreto (PSD-AP)

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

Magno Malta (PL-ES)

Marcio Bittar (União Brasil,-AC)

Marcos Rogério (PL-RO)

Marcos do Val (Podemos-ES)

Plínio Valério (PSDB-AM)

Rogério Marinho (PL-RN)

Sergio Moro (União Brasil-PR)

Tereza Cristina (PP-MS)

Vanderlan Cardoso (PSD-GO)

Wilder Morais (PL-GO)

Zequinha Marinho (Podemos-PA)

Votaram a favor da inclusão de armas e munições no Imposto Seletivo
Ana Paula Lobato (PSB-MA)

Augusta Brito (PT-CE)

Beto Faro (PT-PA)

Damares Alves (REPUBLICANOS-DF)

Daniella Ribeiro (PSD-PB)

Eduardo Braga (MDB-AM)

Eduardo Girão (NOVO-CE)

Eliziane Gama (PSD-MA)

Fabiano Contarato (PT-ES)

Fernando Dueire (MDB-PE)

Fernando Farias (MDB-AL)

Flávio Arns (PODEMOS-PR)

Humberto Costa (PT-PE)

Irajá (PSD-TO)

Ivete da Silveira (MDB-SC)

Jaques Wagner (PT-BA)

Jorge Kajuru (PSB-GO)

Jussara Lima (PSD-PI)

Leila Barros (PDT-DF)

Marcelo Castro (MDB-PI)

Omar Aziz (PSD-AM)

Otto Alencar (PSD-BA)

Paulo Paim (PT-RS)

Professora Dorinha Seabra (UNIÃO-TO)

Randolfe Rodrigues (PT-AP)

Rogério Carvalho (PT-SE)

Romário (PL-RJ)

Soraya Thronicke (PODEMOS-MS)

Styvenson Valentim (PODEMOS-RN)

Sérgio Petecão (PSD-AC)

Teresa Leitão (PT-PE)

Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)

Zenaide Maia (PSD-RN)

FONTE: REVISTA FÓRUM